MIGRAR É UM ATO HUMANO

MIGRAR É UM ATO HUMANO

No dia 02 de outubro de 1927, foi inaugurado pela comunidade de imigrantes alemães residente na

cidade de Porto Alegre, o Deutsches Krankenhaus (Hospital Alemão), o Hospital Moinhos de Vento. Em

2024, ao completar 97 anos de história, ano que marca o bicentenário da imigração germânica para o

Rio Grande do Sul, convidamos a todos a refletir sobre o ato de migrar como uma condição humana e,

principalmente, como um direito.

A exposição MIGRAR É UM ATO HUMANO, faz um panorama histórico sobre os movimentos

migratórios que acompanham a humanidade, passando pela formação da população brasileira e da

construção do estado do Rio Grande do Sul. Ao longo de quase um século de história, o Hospital

Moinhos de Vento recebeu em suas dependências pessoas das mais diferentes origens étnicas,

culturais, religiosas e sociais.

Despontando no início do século XX como um dos primeiros hospitais laicos do Estado, pregando a

liberdade religiosa e o respeito à cultura e costumes plurais, a diversidade está em nosso DNA. Com

base no respeito à vida humana, trabalhamos dia após dia em busca do nosso maior propósito: Cuidar

das Pessoas.

Por que as pessoas migram?

Por que as pessoas migram?

A espécie humana, cientificamente denominada Homo Sapiens Sapiens, tem origem no continente africano a cerca de 300 a 200 mil anos antes do presente. Estima-se que os movimentos migratórios para fora do continente tenham ocorrido entre 60 e 50 mil anos, espalhando por todo o planeta. 

Ao longo de toda nossa existência, muitos foram os motivos que levaram os seres humanos a migrar. Seja por motivos econômicos, como crises no local de origem e/ou busca de novas oportunidades no local de destino.  

Seja por questões políticas, como guerras, ditaduras ou pela violação de direitos humanos. Ou ainda, por desastres naturais, como terremotos, ciclones, tsunamis, etc. Mais recentemente é possível observar movimentos migratórios em decorrência de eventos climáticos extremos como grandes secas, queimadas e enchentes. Sejam quais forem os motivos, os movimentos migratórios são fenômenos sociais complexos, que envolvem sentimentos como medo e insegurança, ao mesmo tempo que esperança por melhores condições de vida e recomeços. 


Mapa desenvolvido pelo Museu da UFRGS, ano 2024.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia plana de um mapa mundial, desenvolvido pelo do Museu da Universidade Federal do Rio Grande de Sul —UFRGS, em 2024. O mapa apresenta flechas direcionais apontando para a movimentação do ser humano na terra.

Saiba Mais

Migração no Brasil

O território que hoje chamamos de Brasil, foi originalmente ocupado por milhares de anos pelos povos indígenas. Em 1500, com a chegada e invasão do Brasil, pelos portugueses, viviam aqui de 2 milhões a 5 milhões de indígenas, pertencentes a cerca de 1500 povos, que falavam mais de 1200 línguas diferentes. Tratados como selvagens pelo homem branco, os indígenas foram sistematicamente atacados, violentados, assassinados e escravizados. O território brasileiro foi ainda disputado por holandeses, franceses e espanhóis. O sistema de produção implementado pelos portugueses para exploração das “novas” terras tinha como base a escravidão, inicialmente de indígenas e posteriormente de africanos, ocasionando um outro tipo de migração, neste caso forçada: a Diáspora. Segundo dados do IBGE, entre os séculos XVI e meados do XIX, vieram para o Brasil cerca de 4 milhões de homens, mulheres e crianças, o equivalente a mais de um terço de todo comércio negreiro do período. De origem dos povos Banto e Iorubá, foram trazidos principalmente de regiões que hoje constituem países como Angola, Nigéria, Moçambique e Benin. Sua presença contribuiu na constituição da língua portuguesa no Brasil, somando-se à influência indígena. Trouxeram importantes contribuições culturais na música, na religião, nas artes, nos costumes, na culinária, entre outros fatores que constituem a diversidade cultural brasileira. Em 1850, passou a ser proibido o tráfico de escravizados, e a abolição veio a ocorrer somente em 1888, após longo período de lutas e rebeliões, e da pressão exercida pela Inglaterra sobre Portugal pelo fim do sistema de produção escravista, interessada em ampliar seu mercado consumidor. 


Apesar dos séculos de cativeiro, a força africana – sua potência humana e cultural – prevaleceu. E os negros converteram-se em agentes vitais do processo histórico de nossa formação, povoando o Brasil com os seus corpos e as suas cores, os seus sonhos e os seus deuses, os seus ritos e os seus ritmos.

(Fonte: Museu da Língua Portuguesa, 2023)


Rotas do comércio escravista no Oceano Atlântico. Fonte: Museu da Língua Portuguesa. Fonte: Museu da Língua Portuguesa, 2023

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia plana de um mapa mundial, com linhas vermelhas conectando os pontos das rotas do comércio escravista no Oceano Atlântico (Séculos dezesseis e dezessete).

Migração no Rio Grande do Sul

Palco de inúmeras disputas entre as coroas de Portugal e Espanha, a região sul do continente foi dividida por uma série de tratados. O primeiro deles, o Tratado de Tordesilhas (1494), dividia as terras do continente recém-“descoberto”, entre as duas potências, para sua exploração. Foi seguido do Tratados de Madri (1750), que resultaria na Guerra Guaranítica (1753-1756), conflito que despontou a figura de Sepé Tiaraju* (1723-1756), liderança indígena. Houve ainda o Tratado de Ildefonso (1777) e, finalmente, o de Badajós (1801), que incorporou o território do Rio Grande do Sul, como conhecemos hoje, à coroa portuguesa.

Mapa da região sul/RS. É possível identificar o estado do Rio Grande do Sul ainda em formação. Acervo da Biblioteca Nacional.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia plana de um mapa da região sul do Brasil, apresentando as fronteiras que marcavam a região do Rio Grande do Sul no final do século dezoito.

Parte do painel Epopeia Rio-grandense, Missioneira e Farroupilha, localizado no centro de Porto Alegre - Pintura: Danúbio Gonçalves. 

Djekupé A Djú, ou Sepé Tiaraju, como era chamado pelos padres das Missões, foi um líder indígena nascido em 1723 e que morreu em batalha no dia 7 de fevereiro de 1756, durante a Guerra Guaranítica. Viveu em uma região tradicionalmente ocupada pelos Guaranis, que abrangia parte do sul do Brasil até o norte da Argentina, perto da fronteira com o Paraguai. O conflito liderado pelo guerreiro nasceu da resistência indígena devido à disputa do território por Portugal e Espanha. As tropas colonizadoras uniram forças contra os guaranis, resultando na morte de 1511 indígenas e de apenas 4 europeus.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Pintura em azulejos em painel intitulada: Epopéia Rio-grandense, Missioneira e Farroupilha, de autoria de Danúbio Gonçalves. No centro da imagem está um homem indígena de braços abertos, ele usa um facão na cintura e segura uma lança em punhos.


Em 1808, a família real portuguesa foi transferida para o Brasil e foram abertos os portos para as “nações amigas”, o que possibilitou o início de políticas imigratórias oficiais. Em 1822, D. Pedro I declarou a Independência do Brasil e passou a se preocupar com a garantia de posse e exploração das terras mais ao Sul. Neste contexto, é instaurado pelo Império o início da imigração germânica para o sul do Brasil, com o objetivo de colonizar a região, com base na produção agrícola de gêneros alimentícios para consumo interno e manufaturados. Havia também o objetivo de substituir a mão de obra escravizada por mão de obra livre e branca, além de recrutar soldados para lutar nos conflitos de fronteira. A preferência por alemães (e posteriormente italianos) se baseava na crença de que esses povos possuíam melhores habilidades para a agricultura e de que, segundo a ideologia da época, a longo prazo, contribuiriam para o “branqueamento” da população, por meio da miscigenação. Segundo Aldair Marli Lando (1996), o fenômeno migratório havido do século XIX ao século XX está diretamente ligado à expansão do capitalismo europeu e às transformações das estruturas políticas, econômicas, sociais, vigentes na Europa e no Brasil, herdado de um período anterior que era, na Europa, o feudalismo e, no Brasil, a escravidão. Imigrantes de origens distintas ocuparam solo gaúcho. Além dos povos originários, dos portugueses e dos africanos, vieram para o Estado principalmente imigrantes de origem germânica, italianos, judeus e, em menor número, japoneses e eslavos.











Há 97 anos redefinindo a Saúde no Brasil

Há 97 anos redefinindo a Saúde no Brasil

Imigração Germânica

Em 17 de dezembro de 1823, embarcaram no navio Caroline, rumo ao Brasil, os primeiros imigrantes de origem germânica. Em 18 de julho de 1824, o vapor aportou em Porto Alegre para que os 39 passageiros fossem transferidos para o veleiro Protector. Uma semana depois, em 25 de julho, o grupo composto por nove famílias desembarcou no Passo de São Leopoldo, na Real Feitoria do Linho Cânhamo. Entre 1824 e 1830, chegaram no Rio Grande do Sul 4.856 colonos alemães, aos quais foram distribuídos pequenos lotes de terra. Entre eles, estavam trabalhadores agrícolas, artesãos, funileiros, ferreiros e sapateiros. Devido aos conflitos que resultaram na Revolução Farroupilha (1835-1845), o movimento migratório foi interrompido, sendo retomado a partir de 1844. No período até 1850, registrou-se o ingresso de mais de 10 mil colonos no Vale do Rio dos Sinos, expandindo-se por Novo Hamburgo, Lajeado, Estrela, Montenegro, Caí, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Santa Maria, Santo Ângelo, Soledade, Torres e São Lourenço do Sul, construindo colônias oficiais ou particulares, expandindo as antigas e criando novas.

Desenho da antiga sede da Feitoria do Linho Cânhamo, recentemente chamada também de "Casa do Imigrante", que foi utilizada para receber e abrigar os primeiros imigrantes alemães que aportaram no que viria a se tornar a Colônia Alemã de São Leopoldo, em 1824.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Gravura em preto e branco da antiga sede da Feitoria do Linho Cânhamo.

Em 1852, a Província de São Pedro recebeu uma nova leva de imigrantes, mas com uma característica diferente. A falta de soldados no Exército Brasileiro durante a Guerra do Prata (1851-1852) motivou a contratação de cerca de 1,8 mil combatentes prussianos, remanescentes do exército que derrotou a Dinamarca na disputa pela independência dos ducados de Schleswig e de Holstein. Alguns dos Brummers, como ficaram conhecidos, escolheram Porto Alegre como local de moradia e exerceram forte influência intelectual sobre a população que já vivia na região. Entre eles, estavam figuras que se mostraram decisivas para a consolidação da comunidade germânica na capital da Província, como Carl Jansen, Wilhelm Ter Brüggen, Friederich Haensel e Karl von Koseritz. Assim como tantos outros, contribuíram para o crescimento da cidade na segunda metade do século XIX, com atuação no comércio, na importação e exportação, na indústria e na imprensa, mediante a circulação de jornais em alemão.

Alguns dos Brummers reunidos na Deutschen Krieger Verein (Associação Alemã de Veteranos), em 1901, durante a celebração pelos 50 anos de sua vinda ao Brasil.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Gravura em sépia de um grupo de homens, eles usam terno e gravata e olham para frente com expressões sérias.

A imigração germânica é um fenômeno complexo, que envolve a história de grupos diversos em contato, inseridos em um sistema político e econômico em transformação. Longe de formar um grupo homogêneo, vinham das mais diversas regiões e, por vezes, mal conseguiam comunicar-se entre si por falarem dialetos diferentes. Entre católicos e protestantes, variavam de profissão, valores, costumes e até mesmo as razões pelas quais haviam migrado. Quando aqui chegaram, enfrentaram todo tipo de dificuldade. Buscando escapar da crise do sistema feudal na Europa, aceitaram o convite do correspondente brasileiro, que lhes prometeu terras, recursos e garantias, das quais a maioria não se cumpriu. Largados em terras estranhas, tiveram que, com poucas e rudimentares ferramentas, abrir clareiras na mata virgem e tentar, com os parcos recursos, sobreviver.

Tela do pintor alemão Ernst Zeuner, retratando a chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul, em 1924.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Pintura a óleo colorida, de um pequeno barco a vela e duas canoas aportando na beira de um rio. Os barcos estão cheios de mulheres e homens. Em terra, ao fundo, tem uma árvore grande, muitos homens e mulheres aguardando na margem e um homem de chapéu montado em um cavalo.

Os povos originários do Rio Grande do Sul

As terras oferecidas aos imigrantes europeus, consideradas “vazias” pelo Império, pertenciam originalmente aos povos indígenas que ocupavam a região. No espaço geográfico do Rio Grande do Sul, viviam povos indígenas como os Minuanos, Guenoas, Mbohanes e Yaro, já extintos. Os Charruas foram considerados extintos a partir de 1831, quando foram dizimados no chamado Massacre de Salsipuedes, no Uruguai, ressurgindo publicamente, enquanto coletivo étnico no século XXI, na periferia de Porto Alegre. Além dos Charruas, vivem atualmente no Estado indígenas dos povos Kaingang, Xokleng e Mbyá-Guarani. Segundo o Censo de 2022, atualmente, o Rio Grande do Sul possui 36.096 indígenas, o que representa 0,33% da população gaúcha.

Imigração Italiana

Em 20 de maio de 1875, chegaram a Campos dos Bugres (Caxias do Sul) os primeiros imigrantes italianos do Rio Grande do Sul. Até o ano de 1914, instalaram-se no Estado 84 mil italianos, vindos sobretudo da Lombardia, Vêneto e Tirol. As terras ocupadas por eles situavam-se na Encosta Superior da Serra do Nordeste da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, localizada entre as bacias dos rios Caí, Antas e Taquari, coberto de matas, com difícil acesso e dificuldades para exploração econômica.A atividade econômica dos italianos, além de seguir alguns caminhos semelhantes ao dos alemães, especializou-se no cultivo da uva e na produção do vinho. As primeiras colônias italianas foram Conde D’Eu (hoje cidade de Garibaldi), Dona Isabel (Bento Gonçalves) e Fundos de Nova Palmira (Caxias do Sul). Com o tempo, novas colônias foram criadas, entre as quais Antônio Prado, Nova Milano (Emboaba), Encantado, Nova Trento (Flores da Cunha), Nova Vicenza (Farroupilha), Guaporé, Nova Prata, São Marcos e Alfredo Chaves (Veranópolis).

: A Colônia Caxias: obras de nivelamento na Rua Silveira Martins, atual Avenida Júlio de Castilhos, entre as Ruas Andrade Neves e Vereador Mário Pezzi, na década de 1890. Fotografia do Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Foto aérea em sépia de um pequeno vilarejo. Uma rua de terra corta o meio da foto e algumas pessoas caminham por ela. Nos dois lados da rua, tem casas simples de madeira.

Imigração Judaica

É possível identificar a presença de judeus no Rio Grande do Sul desde o início da imigração alemã para o Estado, em 1824. No entanto, é somente a partir de 1904 que a imigração judaica passou a ser um movimento de coletivo, com o objetivo de instalar famílias e formar colônias em território gaúcho. 

Por iniciativa da Jewish Colonization Association (JCA), ou ICA (Yidishe Kolonizatsye Gezelsshaft, em iídiche), entidade de amparo aos emigrantes judeus, fundada em 1891, foi organizada a colônia de Philippson (1904) e, mais tarde, a colônia de Quatro Irmãos (1911). Oriundos de dois grupos culturalmente heterogêneos, eram em ampla maioria judeus ashkenazim, provenientes da Europa Central e Oriental, vinham de países e culturas distintas, como Rússia, Polônia, Romênia, entre outros. Já os sefaradim, eram oriundos da Península Ibérica e, em função da expulsão da Espanha em 1492, quando se dispersaram, vinham sobretudo, da Turquia e do Egito, regiões que os tinham abrigado.

As colônias judaicas enfrentaram muitos problemas decorrentes das restrições impostas pelo Estado Novo (1937-1945), pelas pressões da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e das perseguições antissemitas, desenvolvidas neste período da história contemporânea. Assim, muitos abandonaram a zona rural em busca dos centros urbanos, instalando-se em cidades como Porto Alegre, Erechim, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Passo Fundo.


















MIGRAR É UM ATO HUMANO

MIGRAR É UM ATO HUMANO

Um Hosiptal de imigrantes

No início do século XX, a comunidade de imigrantes de origem germânica estava já estabelecida na cidade de Porto Alegre. Guiados por ideários associativistas, fundaram clubes tradicionais, muitos deles existentes até hoje, como é o caso da Turnerbund (SOGIPA) e da Sociedade Leopoldina, entre outras. Essas sociedades formavam, à época, a Liga das Sociedades Germânicas, responsável pela organização de assembleias onde eram discutidas as demandas da comunidade de imigrantes residente na cidade e organizadas ações para suprir essas necessidades. Foi a partir dessa Liga que surgiu o plano para construção de um hospital, que atendesse não só à comunidade de imigrantes, mas a todos que dele precisassem. Foi assim que, a partir de 1912, iniciou-se intensa campanha para arrecadação de fundos para a construção do novo hospital, a qual teve a importante participação da Frauenhilfe fuers Ausland (Ordem Auxiliadora de Senhoras para o Estrangeiro), organização alemã, que formava jovens mulheres no Curso de Enfermagem e também como Schwestern, Irmãs luteranas. Desde 1913, a Ordem já havia enviado Irmãs para o Estado, para atender ao apelo por atendimento de saúde dos imigrantes, principalmente em cidades do interior. Na divulgação da campanha, o pedido era estendido a todos que quisessem apoiar a causa, com a afirmação que o hospital estaria de portas abertas a toda comunidade.


A campanha de arrecadação de fundos para construção do novo hospital foi amplamente divulgada na imprensa, em jornais em português e alemão.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Foto colorida de capas de jornais antigos sobrepostos, escritos em alemão.

Em 1914 iniciam-se as obras, tendo de ser paralisadas logo em seguida em decorrência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), retomando apenas em 1924. O Hospital foi inaugurado em 02 de outubro de 1927. Os livros de registros mostram que, logo nos primeiros anos de funcionamento, médicos de várias nacionalidades e credos atuaram na Instituição, como, por exemplo Eliseu Paglioli, brasileiro, — o primeiro a realizar operações cerebrais —, José Ricaldone, italiano, e Augusto Etzberger, diplomado na Alemanha e naturalizado brasileiro. Entre os pacientes, foram acolhidos principalmente moradores da Capital, mas também pessoas vindas do interior, litoral e região da campanha, entre eles metodistas, israelitas, batistas e espíritas. 

O Hospital Alemão, em suas primeiras décadas, era dirigido e organizado pelas Schwestern. Inicialmente, a maioria delas havia sido enviada pela Ordem, da Alemanha. Com a fundação da Escola de Enfermagem nas dependências do Hospital, começaram a formar-se as Irmãs em solo brasileiro. A diferença de nacionalidade era marcada pelo babado na touca que compunha o hábito (vestimenta típica das Irmãs). As Schwestern ordenadas na Alemanha utilizavam a touca com babados, já as brasileiras utilizavam a touca com a aba lisa.

Em 1914, iniciaram-se as obras para construção do Hospital, no entanto, poucos meses depois, eclodiu a Primeira Guerra Mundial. A maioria dos materiais de construção vinham de navio da Alemanha, e foram confiscados para serem utilizados na guerra, nunca chegando aos portos brasileiros, devido a isso as obras tiveram de ser paralisadas.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Foto preto e branco de uma construção de tijolos e madeira, sobre a obra um homem de chapéu, terno e gravata está com a mão na cintura. Ao lado esquerdo da foto, dois homens trabalham na obra, eles vestem calças escuras, camisa clara e chapéu simples.

Com o fim da guerra, as obras puderam ser retomadas e o novo hospital começou a tomar forma.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia em sépia de um grande prédio em construção. Andaimes de madeira cercam a obra. Ao redor tem muitas árvores. Na parte inferior da foto tem o telhado de diversas casas..

Em uma manhã de domingo, com grande público presente, no dia 02 de outubro de 1927, foi inaugurado o Hospital Alemão.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia aérea em sépia do prédio do Hospital sendo inaugurado. Em frente ao prédio, uma grande quantidade de pessoas se aglomeram perto da entrada.

Em uma manhã de domingo, com grande público presente, no dia 02 de outubro de 1927, foi inaugurado o Hospital Alemão.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia em preto e branco do pórtico de entrada do Hospital . Muitos homens de terno e chapéus se aglomeram perto da entrada, alguns estão usando guarda-chuvas abertos. No canto direito da fotografia tem uma escada e ao fundo algumas árvores No nível abaixo do terreno, depois da escada, algumas crianças caminham na direção oposta.

As Schwestern, enviadas pela Frauenhilfe fuers Ausland (Ordem Auxiliadora de Senhoras para o Estrangeiro), desempenharam papel central na direção e funcionamento do Hospital. Seu legado moldou os padrões de cuidado e excelência presentes na Instituição até os dias de hoje.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia em sépia da entrada do Hospital, com grandes arcos detalhados Na frente da entrada um grande grupo de Schwestern, vestidas com o Hábito, veste típica das Irmãs Luteranas, olham para frente. No caso esquerdo, uma mulher de camisa e saia até os joelhos, está com a mão na cabeça, posando para a foto. No canto direito, entre as Irmãs, está um homem de terno e gravata.



Legado arquitetônico alemão Theo Wiederspahn

Para a construção do Hospital Alemão, foi lançada concorrência pública para desenvolvimento do projeto arquitetônico, contando com a participação de arquitetos residentes na Alemanha, especializados na edificação de hospitais. A proposta deveria considerar os 260 contos de réis disponíveis e cumprir com algumas exigências, como salas de cirurgia, de Raios X, de aula e refeitórios, além de precisar ser construído no ponto mais alto do terreno, entre outras especificidades. A firma vencedora foi a Luft und Licht (Ar e Luz) da empresa Herzog & Steidle, de Munique. No entanto, a obra se iniciou sob administração própria e supervisão do arquiteto João Baade, o primeiro arquiteto a trabalhar para a Instituição. Em 1914, foi preciso interromper o andamento da construção devido à eclosão da Primeira Guerra Mundial. Após o fim do conflito, em 1918, o trabalho foi revisto e, a partir desse momento, quem assumiu foi a empresa do arquiteto Theo Wiederspahn, iniciando as operações em 9 de julho de 1924. Oito anos após a inauguração do Hospital, Wiederspahn foi chamado pelo Conselho de Administração para realizar a ampliação da Maternidade, concluída em 1937.

 Hospital Alemão na década de 1930.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Fotografia em sépia do prédio do Hospital Alemão. A grande construção tem quatro andares e muitas janelas. Ao redor tem muitas árvores.

Theo Wiederspahn (1878-1952) foi um arquiteto alemão responsável por importantes construções que marcaram a paisagem da cidade de Porto Alegre, e do Rio Grande do Sul. Foi responsável por obras como o antigo Hotel Majestic, hoje Casa de Cultura Mario Quintana, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS (antiga Delegacia Fiscal da Receita Federal), o Memorial do Rio Grande do Sul (antigo Correios e Telégrafos) e o Edifício Ely.

Croqui da primeira ampliação do Hospital Alemão, feito pelo arquiteto Theo Wiederspahn, na década de 1930.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Gravura em preto e branco de um projeto arquitetônico para ampliação do Hospital. Abaixo da gravura tem algumas inscrições em alemão, onde é possível ler “Deutsches Krankenhaus” e “Theo Wiederspahn”.

Um Hospital de pluralidades, ontem e hoje

Desde antes de sua fundação, o Hospital Alemão, hoje Hospital Moinhos de Vento, teve sua história marcada pela pluralidade de ideias, origens, culturas e línguas. O encontro de saberes fez com que a Instituição prosperasse década após década, chegando a 2024, com 97 anos desde sua abertura de portas, como um dos seis hospitais de excelência do país, com o propósito maior de cuidar das pessoas, integrando saúde, pesquisa e educação. 

Atualmente, o Hospital Moinhos de Vento mantém-se plural e diverso, contando, no seu quadro de colaboradores e corpo clínico, com as mais diversas origens de mais de 10 países. A diversidade de culturas, etnias, credos, gêneros, raças, línguas e saberes está em nossa história, ontem e hoje.


Acesse o Mapa Interativo

Mapa com origem de colaboradores do corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento, 2024.

#ParaTodosVerem. Descrição resumida: Mapa mundial plano colorido. Linhas em vermelho saem do sul do Brasil conectando-se com outros países do mundo.
































Linha do Tempo

Tratado de Tordesilhas

Tratado de Tordesilhas

1494

Invasão do território brasileiro pelos portugueses

1500

Tratado de Madri

Tratado de Madri

1750

Guerra Guaranítica

Guerra Guaranítica

1753-1756

Tratado de Ildefonso

Tratado de Ildefonso

1777

Tratado de Badajós

Tratado de Badajós

1801

Vinda da Família Real para o Brasil

Vinda da Família Real para o Brasil

1808

Abertura dos Portos

Abertura dos Portos

1808

Independência do Brasil

Independência do Brasil

1822

Início da imigração alemã para o Rio Grande do Sul

1824

Guerra da Cisplatina

Guerra da Cisplatina

1825-1828

Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha

1835-1845

Proibição do tráfico de escravizados

Proibição do tráfico de escravizados

1850

Guerra do Prata

Guerra do Prata

1851-1852

Início da imigração italiana para o Rio Grande do Sul

1875

Abolição da Escravatura

Abolição da Escravatura

1888

Proclamação da República

Proclamação da República

1889

Assembleia pela construção de um novo Hospital

1912

Chegada da primeira Schwestern ao Rio Grande do Sul

1913

Início das obras do Hospital

Início das obras do Hospital

1914

Primeira Guerra Mundial

Primeira Guerra Mundial

1914-1918

Retomada das obras do Hospital

Retomada das obras do Hospital

1924

Inauguração do Deutsches Krankenhaus (Hospital Alemão)

Inauguração do Deutsches Krankenhaus (Hospital Alemão)

1927

Estado Novo de Getulio Vargas

Estado Novo de Getulio Vargas

1937-1945

Segunda Guerra Mundial

Segunda Guerra Mundial

1939-1945

Mudança de nome do Hospital Alemão, passando a se chamar Hospital Moinhos de Vento

Mudança de nome do Hospital Alemão, passando a se chamar Hospital Moinhos de Vento

1942

Referências Bibliográficas e Bibliografia Consultada

Acervo da Biblioteca Nacional. Autoria de: BONNE, Rigobert. Carte de la Partie Méridionale du Brésil: avec les Possessions Espagnoles voisines qui en sont à L'Ouesta L'Ouest par / M. Bonne, Ingénieur - Hydrographe de la Marine. Geneve [Genebra, SuíçaSuiça]: [s.n.], [1780]. 1 mapa, col., 20,8 x 31,6 cm31,6cm em f. 24 x 36. Disponível em: http://acervo.bndigital.bn.br/sophia/index.asp?codigo_sophia=131. Acesso em: 30 de agosto de 2024


ATLAS SOCIOECONÔMICO/RIO GRANDE DO SUL. Terras indígenas. Disponível em: https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/areas-indigenas>. Acesso em 13 de agosto de 2024.


BAGGIO DI SOPRA, Fernando Ernesto. Territorializações indígenas no Rio Grande do Sul. Orientador: Dilermando Cattaneo da Silveira. Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus Litoral Norte, Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Regionais e Desenvolvimento, Tramandaí, BR-RS, 2022.p.12


BBC NEWS BRASIL. Mapeamento genético revela novas origens de escravizados no Brasil. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53534656>. Acesso em 27 de agosto de 2024.


ESPÍNDOLA, Susana. Hospital Moinhos de Vento: 80 anos de amor à vida. Porto Alegre: Pressur Corporation S.A., 2007.


FEDERAÇÃO DAS SOCIEDADES ALEMÃS. O Hospital Alemão em Porto Alegre. Publicação comemorativa distribuída por ocasião da inauguração em 2 de outubro de 1927. Tradução livre por Jorge Fuhrmeister, 2016. Acervo histórico Espaço Memória Amarílio Vieira de Macedo - Hospital Moinhos de Vento.


 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Edição 3. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999.



FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. População escrava do Brasil é detalhada em Censo de 1872. Disponível em: < https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/populacao-escrava-do-brasil-e-detalhada-em-censo-de-1872#:~:text=%E2%80%9CEm%20350%20anos%20de%20tr%C3%A1fico,de%20imigrantes%20europeus%E2%80%9D%2C%20compara>. Acesso em 27 de agosto de 2024.


 JECUPÉ, Kaká Werá. A Terra dos Mil Povos: história indígena do Brasil contada por um índio. Ilustrado por Taisa Borges. - 2.ed. - São Paulo: Peirópolis, 2020. p.106-107


 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo 2022. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/pesquisa/10102/122229>. Acesso em 22 de agosto de 2024.


INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas de Povoamento: grupos indígenas extintos. Disponível em: < https://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-povoamento/grupos-indigenas-extintos.html>. Acesso em 12 de agosto de 2024.


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