HÁ 96 ANOS REDEFININDO A SAÚDE NO BRASIL
Conheça os projetos que redefinem a saúde no Brasil.
Ao longo das décadas, o Hospital marcou sua história no cenário da saúde das mais diferentes formas, redefinindo as fronteiras da saúde e do conhecimento através da assistência, pesquisa, educação, responsabilidade socioambiental e inovação. Seja ao criar uma das mais antigas escolas de Enfermagem do Estado, ou por seus constantes pioneirismos, sendo um dos primeiros hospitais a exigir a presença de um anestesista em suas cirurgias; seus avanços na área da neurologia e neurocirurgia no Rio Grande do Sul, com as contribuições de Elyseu Paglioli; o marco do primeiro hospital a realizar transplante de rim no Estado, procedimento viabilizado por amplo estudo feito junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul; ou pelo primeiro reimplante de mão no Brasil, liderado pelo Dr. Jorge Fonseca Ely, e, mais recentemente, ao realizar a primeira neurocirurgia robótica da América Latina. Seja por meio da saúde, da pesquisa, da inovação, da educação ou do seu compromisso com a responsabilidade socioambiental, há 96 anos, o Hospital Moinhos de Vento superou fronteiras e é hoje mais que um hospital, é uma Instituição de saúde com impacto em todo o país. Confira no mapa onde o Moinhos está presente:
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Ouça a exposição.
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A historiadora do Hospital Moinhos de Vento, Sibele Mezetti, conta a Exposição dos 96 anos de história do hospital.
No início do século XX
Segundo consta nos censos de 1890, 1900 e 1920, o estado do Rio Grande do Sul e, principalmente, a cidade de Porto Alegre apresentavam um expressivo aumento populacional. Em 1872, o Estado registrava 434.813 habitantes, representando 4,3% da população brasileira da época. Desse número, a população se concentrava especialmente em Porto Alegre, com 43.998 habitantes, seguida de São Leopoldo, com 30.860 habitantes, e de Cruz Alta, com 30.662. Outros 65.221, eram compostos pela população escravizada, concentrada, em especial, em municípios do Sul devido às atividades das charqueadas.
A Abolição da Escravatura viria a acontecer em 1888, paralelamente ao intenso movimento imigratório no RS e, também, ao processo de industrialização da capital gaúcha. Tais fatores contribuíram para que, já no censo de 1900, a população no Estado triplicasse, alcançando a marca de 1.149.070 habitantes. Desse período em diante, Porto Alegre passou a ser a cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, com 73.674 habitantes. Em 1920, foi registrado um novo salto da população gaúcha, chegando a 2.182.713 habitantes, e a Capital, passando dos 100 mil habitantes.
A cidade, no entanto, não estava preparada, do ponto de vista sanitário, para comportar um crescimento populacional tão expressivo. Na presença de doenças como febre amarela, varíola, malária e tuberculose, conforme o estudo publicado na Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - RBHCS, por Daniel Oliveira (2015), “Uma cidade mais que insalubre: mortalidade em Porto Alegre ao final do século XIX sob perspectiva comparativa”, Porto Alegre despontava como uma das cidades com as mais altas taxas de mortalidade em nível mundial. O estudo mostra que a taxa de mortalidade por 1.000 habitantes da capital gaúcha era de 37,4, acima da média do Rio de Janeiro (26,5), de Salvador (23,6) e de cidades com número populacional bastante expressivo como Londres (18,2), Paris (22,1) e Nova York (26,2).
É diante desse cenário que a Verband Deutscher Geselliger (Federação das Sociedades Alemãs), sociedade responsável por discutir as necessidades da comunidade de imigrantes de origem germânica na Capital, iniciou os debates sobre a construção de um hospital. É possível constatar que a motivação não se dava por uma carência de leitos, visto que já existiam na cidade três hospitais, além de pequenas casas de saúde. A discussão foi baseada no uso do idioma alemão, na liberdade religiosa e, sobretudo, nas condições de higiene e assepsia. É nesse contexto que, há 96 anos, no dia 02 de outubro de 1927, foi fundado o Deutsches Krankenhaus, Hospital Alemão, atual Hospital Moinhos de Vento, que chegava para redefinir a saúde gaúcha, apresentando, já em seu primeiro ano de funcionamento, um índice de mortalidade bastante baixo para a época.
Os registros mostram que, em seus primeiros seis anos de portas abertas, o Hospital atendeu 6.631 enfermos, realizando 2.881 intervenções cirúrgicas e 768 partos. A escolha do terreno para construção do Hospital levava em consideração a incidência de doenças da época. A obra, finalizada pelo arquiteto Theo Wiederspahn, no topo do declive, de frente para o Rio Guaíba, com amplas janelas proporcionando maior circulação de ar e maior incidência de luz solar, tinha por objetivo minimizar a propagação das doenças que castigavam a população gaúcha, as quais chegavam a representar 26% das causas de morte ao final do século XIX.
Há 96 anos redefinindo a Saúde no Brasil
Há 96 anos redefinindo a Saúde no Brasil
O pioneirismo e a alta complexidade sempre estiveram presentes na história do Hospital Moinhos de Vento.
O pioneirismo e a alta complexidade sempre estiveram presentes na história do Hospital Moinhos de Vento.
O pioneirismo e a alta complexidade sempre estiveram presentes na história do Hospital Moinhos de Vento.
As cardiopatias são responsáveis por altos índices de mortalidade no Rio Grande do Sul. No início do século XX, é possível observar os seguintes números: de 1938 a 1940, de um total de 35.200 óbitos registrados no Estado, 3.223 eram devido a doenças do coração e outras associadas ao aparelho circulatório, número três vezes maior que o de óbitos registrados por câncer, e acima do número de mortes por tuberculose. No período citado anteriormente, as cardiopatias atingiam principalmente a camada mais pobre da população, muitas vezes impossibilitada de se ausentar do trabalho e de seguir as recomendações médicas. Os Livros de Entrada de Doentes, do Hospital Moinhos de Vento, da década de 1940, registraram que as “moléstias do coração” eram as principais causas de internação. Nos anos 1960, os diagnósticos eram feitos com auxílio apenas de eletrocardiogramas e de exames de raio-x, além da ausculta cardíaca por meio do estetoscópio. As primeiras cirurgias cardíacas do Moinhos foram realizadas nos dias 13 e 27 de dezembro de 1974. Em 2000, a cardiologia foi definida como uma das áreas de ênfase e, atualmente, o serviço é composto por profissionais que são referências nacionais e internacionais. Está estruturada em torno de quatro núcleos de atuação – Arritmia e Eletrofisiologia; Insuficiência Cardíaca; Cardiomiopatia e Cardio-oncologia; Valvulopatia e Doenças Estruturais e Cardiologia Congênita e Pediátrica. O ano de 2022 foi marcado pelo reconhecimento internacional, concedido pela revista norte-americana Newsweek, reconhecendo o Moinhos como um dos melhores hospitais do país na área cardiológica.
O Moinhos fez história ao redefinir a neurologia e a neurocirurgia no Brasil. Foi o primeiro a ter a especialidade no Rio Grande do Sul. O serviço foi instaurado pelo renomado médico, político e professor Elyseu Paglioli (1898-1985), que, em 1930, viajou a Paris para estudar com Thierry de Martel (1875-1940), pioneiro da neurocirurgia francesa. Ao retornar, em 1931, trouxe consigo o conhecimento e todos os equipamentos necessários, entre o que havia de mais moderno, para fundar a neurologia e neurocirurgia do então Hospital Alemão. A primeira equipe foi formada, junto com Elyseu Paglioli, pelo oftalmologista Ivo Corrêa Meyer e pelo neurologista Frederico Ritter. O médico realizou a primeira neurocirurgia em 16 de março de 1933, para retirada de um tumor cerebral. O registro do procedimento consta no Operationsbuch – Deutsches Krankenhaus (Livro de Cirurgias do Hospital Alemão), destacando, a partir de então, o Hospital como referência na neurologia e neurocirurgia no sul do país. Com os constantes investimentos no serviço, já na década de 1990, o Moinhos trabalhava com neurocirurgia minimamente invasiva. Em 2022, mais uma vez, o Moinhos redefiniu a história da saúde no Brasil, com a primeira mulher a presidir a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization). A neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins também é a primeira profissional de um país em desenvolvimento sob o comando da WSO. No mesmo ano, protagonizou outros dois procedimentos inéditos na América Latina: uma biópsia de lesão cerebral utilizando um robô. E uma artrodese de coluna lombar, que consiste no implante de parafusos pediculares para estabilizar duas ou mais vértebras da coluna, beneficiou um paciente que sofria de dor na lombar e irradiação para os membros inferiores, sem sucesso com tratamentos clínicos prévios. Em ambos os procedimentos, foram utilizados o braço robótico Cirq e a neuronavegação Curve.
Segundo a ONU, o câncer é a segunda maior razão de óbito no mundo. Na primeira metade do século XX, a patologia estava entre as três principais causas de morte no Rio Grande do Sul. A maior incidência era dos cânceres de mama e uterinos, representando 21,3% e 14,4%, respectivamente. Por consequência, as mulheres representavam a maior parte do total de casos de câncer no Estado, representando 62% dos casos. É nesse cenário que se insere o Hospital Moinhos de Vento, que, desde 1927, carrega a tradição de cuidado com o paciente, unindo atenção e desenvolvimento tecnológico, sempre buscando o que há de mais atual e moderno, tanto no conhecimento científico e nas técnicas, quanto nos equipamentos e nas instalações. Preocupado com o tema, o Moinhos promoveu, no ano de 1984, o I Colóquio de Prevenção do Câncer Mamário e Cérvico-Uterino, com o objetivo de proporcionar conhecimento às mulheres da comunidade, tornando as participantes polos divulgadores das informações adquiridas. Já em 1995, a Instituição se tornou pioneira no Rio Grande do Sul no transplante autólogo de medula, realizado a partir de células progenitoras periféricas. Na época, com a aquisição de tecnologia adequada e a habilitação das equipes multiprofissionais, o Moinhos havia realizado dois transplantes e duas coletas com êxito absoluto, apresentando uma nova alternativa para o tratamento do câncer. A partir dos anos 2000, a Oncologia foi elencada como uma das áreas de ênfase da Instituição e, em 2003, foi estruturado o Núcleo Mama Moinhos, voltado para o atendimento integral de saúde da mama. No ano de 2004, foi inaugurado o Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento e, em 2005, entrou em atividade o Serviço de Radioterapia e Radiocirurgia. Em 2011, o Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento já estava entre os maiores serviços privados do Rio Grande do Sul e uma referência nacional na área. Em 10 de agosto de 2016, foi inaugurado o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, combinando alta qualificação técnica com princípios de assistência humanizada, e garantiu o 7º lugar no ranking de especialidades da revista Newsweek em 2022.
O pioneirismo e a alta complexidade sempre estiveram presentes na história do Hospital Moinhos de Vento. Foi aqui, por exemplo, que, no ano de 1968, se realizou o primeiro reimplante de mão do Brasil. O paciente, na época com 21 anos, sofreu um acidente de trabalho com uma guilhotina de couro, na fábrica de sapatos em que trabalhava, em Campo Bom/RS. Recebeu atendimento no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) e foi encaminhado para o Moinhos de Vento. A Schwester Ires Spier, então responsável pelo Centro Cirúrgico, foi quem recebeu o paciente e o membro amputado, e preparou a sala de cirurgia e a equipe para o procedimento. A cirurgia foi realizada por Jorge Fonseca Ely e sua equipe, utilizando as técnicas de microcirurgia. Os resultados foram publicados nos Anais do Congresso da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, que ocorreu em Melbourne, na Austrália, em 1971. Em 1980, alguns dos médicos que participaram da cirurgia no Moinhos acompanharam outro procedimento semelhante em Bruxelas, na Bélgica. Os dois casos foram acompanhados por 50 anos, e os resultados foram amplamente divulgados no meio científico. Antes do caso brasileiro, apenas duas cirurgias como essa haviam sido realizadas com sucesso: uma em Boston, nos EUA, em 1962, e outra em Shangai, na China, em 1963. Outro exemplo de como o Moinhos redefine a saúde é quando se torna o primeiro hospital do Estado a exigir a presença de um anestesista nos seus procedimentos cirúrgicos. Até o final da década de 1950, as anestesias eram aplicadas pelas Schwestern ou pela equipe de Enfermagem. Blasco Correa Pinto, um dos primeiros anestesistas do Moinhos, foi quem ministrou a anestesia durante a cirurgia de reimplante de mão e, segundo ele, foi a mais longa de sua carreira, contabilizando um total de 15 horas.
O Moinhos foi a primeira instituição privada do Estado a oferecer a cirurgia robótica, em janeiro de 2018. Em pouco tempo, tornou-se um dos melhores da América Latina, com um dos parques tecnológicos mais diversificados, apresentando resultados oncológicos funcionais entre os mais bem-sucedidos do mundo. Como exemplo, está o destaque no British Journal of the Urology, com uma mudança de protocolo que propiciou a retirada da sonda no pós-operatório ainda antes da alta, cerca de 24 horas após a cirurgia. Em volume de cirurgias, é o maior da Região Sul, além de possuir a maior expertise para abordar casos robóticos complexos. Em maio de 2022, o Hospital chegou à sua intervenção de número mil com o robô Da Vinci.
Um dos grandes marcos da história da área materno-infantil do Moinhos aconteceu em 2022, com a realização de duas cirurgias fetais inéditas, promovidas pelo Centro de Medicina e Cirurgia Fetal, que iniciou suas atividades no mesmo ano. Nos dois casos, foram tratados bebês com mielomeningocele — defeito congênito que causa o fechamento incompleto da coluna, deixando expostas as meninges e raízes nervosas. Os procedimentos ocorreram com sucesso, utilizando o microscópio Kinevo, o qual possui resolução 4K e aumenta a precisão da técnica. O Zeiss Kinevo 900 faz parte dos investimentos do Moinhos em tecnologia de ponta, contando, também, com um sistema de navegação Brainlab Curve. As novas ferramentas proporcionam melhores resultados, permitindo maior controle do cirurgião, com uma microinspeção da área e visualização por realidade aumentada. Combinando o melhor do mundo digital e óptico com tecnologias de última geração em visualização intraoperatória e de cirurgia guiada por imagens, agrega precisão e segurança para as práticas médicas e procedimentos de alta complexidade.
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João Silva
CTO @ WatchLater Inc.
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